segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Planetas Extrassolares

Em 2003,o Grupo de Trabalho da UAI para Planetas Extrassolares fez uma declaração sobre a definição de um planeta, a qual incorporava a seguinte definição, mais relacionada ao limite entre planetas e anãs marrons:
São "planetas", independentemente de como se formaram, os objetos com massa real abaixo da massa limite para fusão nuclear do deutério (atualmente calculada em 13 vezes a massa de Júpiter, para objetos com a mesma abundância isotópica do Sol),) e que orbitam estrelas ou remanescentes estelares. A massa e tamanho mínimos requeridos para um objeto extrassolar ser considerado um planeta devem ser os mesmos usados no Sistema Solar.
Objetos subestelares com massa real acima da massa limite para fusão nuclear do deutério são "anãs marrons", independentemente de como se formaram ou onde se localizam.
Objetos livres em aglomerados estelares jovens, com massa abaixo da massa limite para fusão nuclear do deutério, não são "planetas" e sim "subanãs marrons" (ou outro nome mais apropriado a ser atribuído).
Esta definição tem sido largamente utilizada por astrônomos quando da divulgação de descobertas de exoplanetas em publicações acadêmicas. Embora temporária, ela permanece uma definição de trabalho efetiva, até que uma de caráter mais permanente seja formalmente adotada. Entretanto, ela não trata da disputa sobre o limite inferior de massa, portanto está fora da controvérsia sobre objetos internos ao Sistema Solar. Esta definição também não trata do status planetário de objetos orbitando anãs marrons, como o 2M1207b.
Uma definição de uma subanã marrom é: um objeto com massa de planeta, formado por colapso de nebulosa e não por acreção. Não há uma concordância universal com esta distinção do processo de formação de uma subanã marrom e de um planeta, pois os astrônomos se dividem quanto a se considerar o processo de formação como parte da sua classificação. Uma razão para o dissenso é que frequentemente não é possível se determinar o processo de formação; por exemplo, um planeta formado por acreção em torno de uma estrela pode ser ejetado do sistema para se tornar livre, enquanto uma subanã marrom formada independentemente por colapso de nebulosa, em um aglomerado estelar, pode ser capturada para a órbita de uma estrela.
Planetas anões de 2006 até hoje
Ceres
Plutão
Makemake
Haumea
Éris
O corte em 13 massas de Júpiter (MJ) é mais uma regra prática do que algo com significado físico preciso. A questão do que significa fusão do deutério surge porque objetos grandes queimarão a maior parte do seu deutério e os menores queimarão apenas uma parte, e o valor de 13 MJ está neste intervalo. Além disso, a quantidade de deutério queimado depende não apenas da massa, mas também da composição do planeta, da quantidade de hélio e deutério presente.

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